Tomei café no
albergue, com as coisas que eu havia comprado. Fui disposta a conhecer a
catedral, mas ela estava fechada. No início do caminho, onde passamos por
dentro do centro histórico, encontrei Kim e Lee. Fiz questão de conhecer a
Ciudadela, pra não passar em branco o passeio em Pamplona. Quando estávamos nos
dirigindo para entrar neste monumento, vários espanhóis ficavam acenando para
nós, indicando que estávamos no caminho errado. Eu gritava: gracias, quiero
conocer la Ciudadela! É muito bacana ver várias pessoas dispostas a ajudar os
peregrinos. Já parou pra pensar como deve ser morar em uma cidade que recebe
peregrinos o ano todo?
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Catedral de Pamplona |
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Catedral de Pamplona |
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Praça no Centro Histórico de Pamplona |
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Ayuntamento (Prefeitura) de Pamplona |
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Kim e Lee |
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Chegando próximo à Ciudadela |
Perguntamos
pra um senhor por onde era a entrada e ele quis ficar conversando. Falou várias
coisas, perguntou o motivo de realizarmos o caminho... Muito simpático! Uma das
coisas que ele falou me marcou: o segredo da felicidade é ser bom e útil.
Depois eu ficava pensando naquilo e só me lembrava da palavra “útil”, e ficava
pensando, qual é a outra palavra mesmo? E por um momento achei que era
“simples”. Pronto, vamos juntar tudo então. O segredo da felicidade é ser bom,
simples e útil. Gostei.
Ele ficou um
bom tempo falando, mas Kim e Lee não entendiam, pois ele falava espanhol, acho
que já estavam de saco cheio. Nos despedimos, Kim e Lee seguiram o caminho, e
eu entrei no monumento. A construção foi um forte militar e hoje é usada como
área verde de lazer. É bem bonito, e bem grande.
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Ciudadela |
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Ciudadela |
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Ciudadela |
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Dentro da Ciudadela |
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Dentro da Ciudadela |
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Saindo da Ciudadela
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A primeira
cidade depois de Pamplona é Cizur Menor. Fiquei encantada, certamente moraria
ali, pois é tranqüila, bonita, bem pavimentada, tem clima de cidade pequena e é
pertinho de uma cidade grande (4 km).
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E segue o caminho... |
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Cizur Menor |
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Cizur Menor |
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Cizur Menor |
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Cizur Menor |
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Cizur Menor |
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Cizur Menor |
Hoje foi o
primeiro sábado no Caminho, então vi muitas pessoas tendo seus momentos de
lazer, como por exemplo grupos pedalando e pessoas usando a trilha do Caminho
de Santiago para fazer uma caminhada. Em um destes trechos, avistei um
banquinho e fiz questão de sentar, pois meu pé doía muito. Tirar o sapato foi
como estar no céu. Massageei os pés, deitei... A verdade é que a massagem é
muito mais prazerosa quando você está com dor, né? Depois de alguns dias no
Caminho, quando seu pé já não dói tanto, perde até a graça tirar o sapato, e
você nem sente mais essa necessidade.
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Ciclistas |
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Caminhada de sábado |
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Estou no céu... |
Depois de
Zariquiegui, você começa a subir o Alto do Perdão, e avista vários
aerogeradores (energia eólica). No Alto do Perdão há um conjunto escultórico
muito bonito feito em chapas de ferro, representando os peregrinos de
diferentes épocas. Lá em cima havia também alguns espanhóis fazendo passeio de
fim de semana. Fiquei ali admirando aquele dia e visual lindos, tomando um
solzinho... Um pouco depois chegaram Jappie, Bram e Charlotte. Diz-se que ao
chegar ali no topo, você está perdoado de seus pecados. Será? Eu sinceramente
acho que comecei a pagar meus pecados na descida do Alto do Perdão, pois tinha
tanta pedra... Dificultou bastante! Ali comecei a ver algumas intenções
comerciais no Caminho: cobriram um totem com pedras e colocaram placas pra
fazer um pequeno desvio na rota, com a intenção de que você consuma em algum
estabelecimento. Isso acontece em alguns pontos do Caminho, você vê algumas
placas querendo te puxar pra um lado. Normal, assim como em qualquer lugar
turístico.
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Aerogeradores |
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Subindo o Alto do Perdão |
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Alto do Perdão |
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Alto do Perdão |
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Brasil é logo ali! |
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Descendo o Alto do Perdão |
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Tinha uma pedra no meio do caminho... Não, pera... Uma? |
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Peregrina |
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Aerogeradores |
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A devoção por Nossa Senhora está por todo o Caminho. |
Em Uterga,
paramos pra comer e Jean se juntou a nós. A moradora da casa em frente nos
trouxe várias maçãs (que fofura!). Várias pessoas se sentem muito bem fazendo
um agrado aos peregrinos. E nós amamos, nos sentimos acolhidos!
Uma peregrina
suíça que conheci no segundo dia de caminhada se juntou a nós, e seguimos. No
caminho, havia 2 caras meio birutas e um cachorro acampados, paramos um pouco
pra conversar. O pessoal quis ficar ali com eles fumando, eu e Bram seguimos. Passamos
por Muruzábal e Óbanos antes de chegar em Puente de la Reina, onde ficamos no
Refúgio de Los Padres Reparadores. Fui no mercado, queria cozinhar algo mais
elaborado, mais desisti. O tempo foi curto, não deu tempo de comer e fui pra
missa com fome. Fiquei pensando se ia chorar novamente, mas desta vez, não
aconteceu, hehe! Encontrei poucos peregrinos na igreja, e na saída eles
quiseram carimbar a credencial, eu havia esquecido a minha.
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Comendo maçãs fornecidas pela moradora. |
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Acampamento de final de semana. |
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Estou na direção certa... |
Quando voltei
ao albergue, a turma dutch (Jappie, Bram e Charlotte) estava tomando uma sopa
de legumes, e me ofereceram. Mais cedo eu havia falado que ia fazer caldo
verde, mas não consegui couve, acho que eles gostaram da idéia de tomar uma
sopinha naquele dia e compraram aquela seleção de legumes que vende no mercado.
Comi com eles e dispus meu pão. Quis rachar o valor, mas eles não aceitaram. Eu
falei: ok, então eu lavo a louça. O Bram respondeu: então eu seco, pois foram
Jappie e Charlotte que fizeram a sopa. Na cozinha estava um furdunço
desenfreado de uma turma muito animada de espanhóis da melhor idade, que
certamente estava aproveitando o final de semana pra fazer um pequeno trecho do
Caminho. Terminado o furdunço, eles dispuseram em uma mesa enorme seus pães,
omeletes e alface, e sentaram-se. Pelo que pude constatar, os espanhóis gostam
muito de omelete. Morri de rir com a Mariana, ela comentou: caramba, eles
fizeram esse fuzuê todo pra fazer pão com ovo? Eu respondi: Mariana, não
desmereça esta iguaria espanhola, não é pão com ovo. É bocadillo de tortilla!
kkkkkkkkk
ResponderExcluirNão é "pão com ovo"...
Um jeito gostoso de terminar o dia!