segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

8/11 – Puente de La Reina a Estella

            Hoje acordei relativamente tarde. Até então estava difícil de acreditar que os dias estavam lindos e com sol, com temperaturas tranqüilas durante o dia, até porque eu esperava bastante frio, e este estava presente apenas na sombra, e à noite. Mas hoje de manhã a neblina chegou, mostrando que a colher de chá estava acabando. Porém logo depois, a neblina sumiu e o céu azul apareceu! Mas os espanhóis estavam nos falando que aquele sol todo pra essa época do ano não era normal, que estávamos com sorte! Uhul! Presente de Deus!

Saindo de Puente de La Reina






Tah friozinho...

Opa, céu azul e sooool!

Bicigrinos

            O trajeto até Estella passa por Mañeru, Cirauqui, Lorca e Villatuerta. Em uma delas tirei uma soneca muito gostosa numa praça, tomando um solzinho. Em outra entrei na igreja no momento exato em que estava começando uma missa, e assisti um pouquinho. A igreja estava lotada, provavelmente por ser domingo. Na paisagem, comecei a avistar as plantações de uva, presentes por quase todo o Caminho. Em Cirauqui há um desenho do mapa do mundo feito com vegetação. Em algum trecho que não lembro exatamente qual, passei por uma área bem feia e fedorenta, mas nem tirei fotos.
            Hoje foi um dos dias que acabei me distraindo. Estava olhando uma pilha enorme de feno, meio abobalhada, e peguei a direção errada. Mas rapidamente Kim me gritou: Jana! É por aqui, certo? Hahaha...
Em Villatuerta, uma mesa debaixo de uma árvore que estava soltando suas folhas me chamou. Ai, que descanso delícia... Valeu a pena ter feito uns sandubas de peito de peru com cream cheese. Mutcho bom!
O patrono de Villatuerta é São Veremundo de Irache, um monge beneditino que ajudou e alimentou muitos peregrinos. Conta-se que para servir os peregrinos, ele fez brotar vinho de uma das fontes de água que estão espalhadas por todo o Caminho.

Avistando Mañeru. Maneiro, né?




Infelizmente ainda é preciso...



Uva

Uva

Uva




Parte da turma da melhor idade que comentei no relato do dia 7/11.

Que cidade gracinha, fala sério...





Mapa do Mundo









Canal de Alloz



Kim e Lee lanchando.







Alongando...

Pilha de feno que me destraiu.

Não é convidativo? Me chamou...


Villatuerta


Beba água, peregrino!

São Veremundo de Irache


Cuidado pra não escorregar, peregrino!


Cristo Redentor? Hahaha...

Chegando em Estella.

14 horas eu já estava no albergue, de banho tomado. A turma dutch chegou bem mais tarde, Jappie estava bem cansado. Foi a minha vez de retribuir, tinha feito uma dessas sopas prontas, e tinha sobrado bastante, eles tomaram com gosto. Antes eu já tinha comido um yakisoba que também vende pronto, basta cozinhar e colocar os molhos. Foi um dia relativamente fácil, mas o cansaço estava bem presente. Minha mãe perguntou se eu não tinha comprado um cajado ainda. Ainda não sentia necessidade, e queria tentar a sorte de ganhar de um dos personagens ícones do Caminho, pois li em algum lugar que você deve ganhar um cajado, e não comprá-lo. Alguns peregrinos (como Kim e Lee, por exemplo), adquiriram seu cajado na natureza: pegaram um tronco ou galho forte e usavam como tal. Eu comentei com minha família que estava gastando bem menos que o previsto. A previsão era gastar 35 euros por dia, e até então a média era de 24,74 euros. Vou converter essa economia em massagem, eu mereço...

Super saudável.

Descanso merecido...