domingo, 18 de setembro de 2016

02/12 – Triacastela a Sarria

            A calefação do albergue estava tão potente, que dormi de bermuda e camiseta, sem me cobrir com nada e ainda morri de calor. Por conta disso, custei a pegar no sono.
            Este dia oferece duas opções para os peregrinos: ir pelo trajeto normal, ou ir por Samos, onde tem um monastério aberto para visitação. Como no Brasil eu já tinha lido a respeito do monastério, e dos visuais bonitos dos bosques por onde se passa, decidi ir por Samos. O galego que conheci no início do caminho também me falou bem de lá, e contou suas histórias de quando estudou no monastério.
            O dia estava nublado e bem frio, e eu não senti as dores no pé. Vai entender, né? Passei por regiões extremamente rurais, com pueblos pequeníssimos, sem identificação dos nomes, e alguns abandonados e em ruínas. Encontrei muitos cachorros grandes e soltos, e fiquei com medo. Xeli comentou o mesmo.

















            O monastério é muito bonito, mas eu sempre espero mais quando as pessoas falam bem demais de algo. Quando cheguei, entrei numa recepção e não tinha ninguém. Saí e avistei uma porta, cheguei a entrar numa saleta, mas também não tinha ninguém. Quando voltei pra recepção, esperei mais um pouco e depois apareceu uma pessoa, falando que tinha uma visita em andamento, e eu teria que esperar. Esperei em torno de meia hora. O casal simpático de espanhóis chegou, e fizeram a visita comigo. O grupo anterior eram Giovanna e Xeli. O monge nos fez uma visita guiada, contando algumas curiosidades do local. Foi bem interessante. Impressionante é saber que eles vivem lá sem calefação. Como, eu não sei. Porque o lugar é frio, viu?

Avistando o Monastério.




Monastério de Samos







O monge disse que não fazia idéia porque este chafariz profano estava no monastério.




Monge e casal simpático.





            Segui meu caminho por trilhas lindas. Contemplei um filhote de ovelha mamando, vi um coração no céu... Certeza de que Deus nos ama, né? ;-)








Pueblo em ruínas.








Fala sério, tem algo mais lindo?





Abóboras







Estão vendo o coração no céu?


Neném




Finalmente cheguei em Sarria, um local a aproximadamente 100 km de Santiago, ou seja, o lugar de onde partem as pessoas que fazem o mínimo necessário para ganhar a compostelana. Já haviam me informado que a partir daquela cidade, o caminho fica bem mais cheio de gente.
Giovanna estava próxima de mim naquele momento, vimos o albergue Credencial no início da cidade, mas ela pegou informação com um transeunte, e ele disse que a cidade era grande, e era melhor ficar mais pra dentro. Queríamos achar o Alma do Camino, aparentemente um albergue mais barato. Andamos e subimos bastante, fiquei cansada. Por fim, ficamos no Don Álvaro mesmo, meio caro (9 euros), mas já queríamos descansar. O albergue não tem nada demais, mas a lareira e o licor esquentaram meus pés e meu corpinho cheio de frio.

Bora esquentar o pezinho, porque o frio está punk!

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